#2: A estrutura de uma boa história
E como aplicá-la nas suas copys.
Salve, Escriters!
Segunda edição tá no ar e tá imperdível. Bora lá?
👤 Primeira Pessoa: Tema central da Newsletter
Storytelling parece ser a palavra do ano.
A gente sabe (pelo menos de forma superficial), que esse termo se refere à habilidade de contar boas histórias.
Mas do que é feita uma boa história?
Segundo o roteirista e produtor norte-americano Aaron Sorkin, a essência de toda narrativa se resume a duas forças fundamentais: intenção e obstáculo.
Alguém QUER algo, mas alguma coisa ou alguém o IMPEDE de conseguir.
Parece simples, mas essa estrutura move desde tragédias clássicas até campanhas de marketing.
Vamos ver isso na prática?
Exemplos de intenção/obstáculo na cultura:
→ Romeu e Julieta 👩❤️👨
Intenção: A intenção de Romeu e Julieta é ficarem juntos.
Obstáculo: O obstáculo em seu caminho é a antiga rivalidade entre suas famílias (Montecchios e os Capuletos), o que complica sua história de amor.
→ Frozen (Elsa) ❄️
Intenção: Proteger sua irmã e seu reino, sem machucar ninguém com seus poderes.
Obstáculo: O medo de si mesma, a repressão emocional, o entusiasmo da Anna em abrir os portões do reino e se casar com um desconhecido.
→ Jogos vorazes (Katniss Everdeen) 🏹
Intenção: Sobreviver aos mortais Jogos Vorazes e proteger seus entes queridos.
Obstáculo: A opressiva Capital, competidores brutais nos jogos e dilemas morais sobre sacrifício e rebelião.
Como aplicar isso na narrativa de marcas?
O storytelling nas marcas é bem similar ao da ficção.
Nesse caso, o personagem principal é a persona - ou, de forma mais ampla, o público-alvo.
Nas copys para campanhas, landing pages ou materiais de venda, as marcas contam a história desse personagem: o que ele deseja, quais obstáculos enfrenta e como a marca entra para ajudá-lo a superar esses desafios.
Inclusive, essa é uma diferença fundamental entre o storytelling na arte e nas marcas, na minha opinião:
Na arte, o personagem muitas vezes precisa superar os obstáculos sozinho.
Nas marcas, é a própria marca que entra como agente de transformação.
🌿 Exemplo real 1: Natura
Não dá pra traçarmos a persona da marca com exatidão aqui, mas temos noção de que são mulheres, entre 20-30 anos que valorizam a ciência, natureza e relações humanas. Pessoas que se importam com o coletivo, com escolhas conscientes e com o impacto que causam no mundo.
Aplicando a estrutura:
Intenção (público-alvo Natura):
"Quero me cuidar de forma verdadeira, com produtos que respeitam meu corpo, a natureza e os outros."
Obstáculo:
"Mas vivo na correria, cercada de promessas vazias e marcas que não entregam propósito de verdade."
Como a Natura se posiciona:
🌻 Exemplo real 2: flordemim
Não é uma publi (quem sabe um dia), mas tomo liberdade criativa pra mencionar essa marca.
Ela foi criada pela Yasmin Barroso e hoje tem um catálogo extenso de planners, agendas, cadernos, velas e outros produtos relacionados a produtividade compassiva.
Novamente, não sei a persona nem o público-alvo da flordemim, mas vamos imaginar que seja a Gabi.
A Gabi tem 32 anos, é gestora de projetos, lidera grandes equipes e já sofreu burnout. Ela deseja uma rotina com mais sentido, menos culpa e mais conexão com o que realmente importa pra ela.
Aplicando a estrutura:
Intenção (da Gabi):
"Quero me organizar e ser produtiva, mas de um jeito leve, bonito e respeitoso com meus limites."
Obstáculo:
A cobrança interna e externa por produtividade extrema, métodos engessados e a culpa constante por não estar “dando conta”.
Como a Flordemim se posiciona:
Legal, né?
Recomendo como exercício analisar outras marcas por aí e entender como elas aplicam essa estrutura tão simples, mas extremamente poderosa.
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Sensacional.👏🏽
Que conteúdo maravilhoso de ler! É tão boa a escrita que quando a gente vê já acabou e quer mais! Parabéns Thauane por esse incrível trabalho.